sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
"Cara ou Coroa" versus "Yin ou Yang"
Os escudos foram as primeiras moedas cunhadas no Brasil com a imagem do rei em uma das faces; na outra, trazia as Armas da Coroa portuguesa. Desse uso originou-se a expressão popular CARA/COROA, para indicar os dois lados das moedas. http://www.bcb.gov.br/htms/album/p7.asp
Na atualidade, "Cara ou Coroa" virou nome de novela da Rede Globo, título e letra de música, jogo de lógica e outros.
No aspecto psicológico, representa a dualidade de uma situação ( quem já não ouviu a expressão "as duas faces de uma moeda" ? ). É a visão ocidental de que se eu estou certo, o outro está errado; se deu cara, não deu coroa; se é preto, não é branco.
Dualidade semelhante observamos no simbolismo do TAO; o Yin e o Yang representando a Cara e a Coroa. Neste caso, os aspectos duais são tridimensionais e dinâmicos, apesar de estarem representados numa imagem bidimensional. Ou seja, ao invés da dualidade ser representada por uma moeda - no caso do "Cara ou Coroa" - os aspectos duais do Tao são representados por um esfera em que o Yin e o Yang estão em constante movimento.
Mais que isso, observe que na parte Yin ( o lado escuro ) há uma parte Yang e na parte Yang ( o lado claro ) há uma parte Ying.
Isso caracteriza uma visão mais completa dos aspectos da vida.
Na lógica do "Cara ou Coroa", quando julgo outra pessoa, é porque ela é diferente de mim. Se sou "Cara", o outro é "Coroa"; sendo ela diferente de mim, posso fazer comparações e criticá-la.
Na lógica do "Yin ou Yang", sempre que percebo que o outro é diferente de mim, ao mesmo tempo percebo que aquele algo diferente do outro também está dentro de mim. Se sou Yin e julgo o outro como Yang, consigo perceber que tenho em mim um pouco - ou muito - do Yang.
Somente consigo ver no outro o que tenho dentro de mim. Se a outra pessoa está me afetando de alguma forma, devo analisar o que tenho dentro de mim que corresponde àquele aspecto.
Devo procurar o Yang do outro no meu Yin; o Yin do outro no meu Yang.
Da mesma forma, temos em nós os aspectos divinos do Criador e são esses aspectos de devemos - também - enchergar na outra pessoa, pois ela é da mesma natureza nossa : A Natureza Divina !
Devemos transcender os aspectos dualistas e buscarmos a Unidade; afinal, somos todos UM !
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