terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Big Bother or Big Me ?

George Orwell escreveu um romance intitulado 1984 no qual um ditador, intitulado de "Big Brother" ( O Grande Irmão ), fazia todos se curvarem à sua vontade. O lema de seu regime era "Big Brother is Watching You", ou seja, o Big Brother está de olho em você.

Como que numa inversão de 180º, a Endemol criou o jogo televisivo "Big Brother", onde a população assiste um grupo de confinados "jogando" entre sí, com o objetivo de ganhar o prêmio máximo do programa.

Big Brother, literalmente falando, significa Grande Irmão. Para quem gosta do programa televisivo, após algumas semanas de "espiadas", os confinados passam como que a fazer parte da família do telespectador, tamanha a intimidade que se cria no sentido telespectador -> confinado.

As pessoas votam, torcem, vibram, assistem, participam da vida de outras que, até então, nem sequer tinham idéia que existissem; os nossos Big Brothers e Big Sisters.

Mas, porque quem é BIG é o meu "Brother" e não eu ?

Eu deveria estar assistindo a mim mesmo diante de um espelho. Eu deveria estar olhando para o meu interior, para as minhas atitudes, para os meus pensamentos, para os meus relacionamentos.

Quem é Big sou Eu.

Tenho que parar de me "emparedar" e de me "eliminar".

Devo exaltar a mim mesmo; perceber as minhas qualidades; gostar de mim; ‘torcer’ para o meu sucesso; vibrar com as minhas vitórias; ser meu próprio líder.

Eu sou Big. Eu sou o meu melhor Brother ( ou Sister ).

Nesse emaranhado de emoções que vivo no dia-a-dia, preciso lembrar-me que sou o grande vitorioso. O Grande Prêmio é meu !

O Grande Prêmio é o autoconhecimento; a auto-percepção; o auto-aprimoramento.

Talvez o programa "Big Brother" permita um exercício de reflexão às pessoas que o assistam, mas nada tão profundo como "conhecer a si mesmo", como no ensinou Sócrates.

Conhece-te a tí mesmo; não com olhar crítico, desaprovador, destruidor ou eliminatório, mas com muito Amor.

Que Big Brother, nada. Quem vai ganhar essa prova sou eu, o Big Me !!!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A imponderabilidade do AGORA

O Agora é o único tempo que existe. O Agora é eterno.

Se nossa mente coloca-se no passado ou no futuro, nós nos desligamos da Consciência Divina e perdemos o contato com o Infinito.

Imagine um disco rodando. O centro dele está sempre no mesmo lugar, enquanto que qualquer outro ponto, movimenta-se. Se há movimento, há mudança; ou seja, esse ponto passa a ser relativo e não absoluto.

O único lugar absoluto no disco é o centro. O Universo é Absoluto, portanto para estarmos conectados com a Divindade, precisamos estar centrados. Mas o que é exatamente estar centrado ?

Estarmos centrados significa estarmos vivendo o Agora. Se estamos com as nossas mentes posicionadas no passado ou no futuro, ou seja, se estamos lembrando, relembrando e remoendo fatos passados ou se estamos ocupados e preocupados com o futuro, estamos fora do centro.

Estar centrado significa estar com a mente vazia e vivendo o momento atual. Assim, ao surgir qualquer situação a ser resolvida, a Consciência Divina poderá nos orientar pois estaremos abertos e conectados ao momentum do Universo.

Estar no centro é estar no nada, é ser imponderável, é não poder ser medido. Um ponto não tem dimensão, ou seja, não tem altura, não tem largura nem profundidade. Se estamos fora do centro passamos a ter distância e perdemos a imponderabilidade. 

No simbolo do Tao,o Tei-Gi, o único lugar que não é Yin nem Yang é o centro.

No Tao Te Ching, Livro do Caminho e da Virtude, escrito por Lao Tsé cerca de 600 anos A.C., constam os seguintes versos no Cap. 11 :

Trinta raios convergem para o meio de uma roda
Mas é o buraco em que vai entrar o eixo que a torna útil.

Molda-se o barro para fazer um vaso;
É o espaço dentro dele que o torna útil.

Fazem-se portas e janelas para um quarto;
São os buracos que o tornam útil.

Por isso, a vantagem do que está lá
Assenta exclusivamente
na utilidade do que lá não está.

Ao permanecer no vazio do Agora, somos úteis à nós mesmos, aos outros e ao Universo.

Estando fora do Agora, somos não-úteis.

Coloque-se no centro vivendo sempre o eterno Agora !

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Não devemos (re)Clamar


Imagine a seguinte cena: um agricultor, sem muita experiência, confunde sementes de girassol com sementes de cactos e as planta, pensando em colher flores. Logicamente irá colher espinhos.

Se, ao arrancar os cactos para preparar a terra para a nova colheita, fizer esse trabalho enraivecido e de forma descontrolada, acabará por espalhar mais sementes que, futuramente, gerarão mais cactos.

Nós “chamamos” o nosso destino quando, em algum momento de nossas vidas, fazemos como esse agricultor distraído ou inexperiente que não percebe o que plantou.

Ao falarmos, pensarmos ou fazermos coisas não condizentes com a nossa Natureza Divina, geramos “espinhos”, que serão colhidos no futuro; o dito carma.

Mas de que forma iremos colher esses espinhos por nós mesmos plantados?
Sorrindo, por estarmos cientes que esses espinhos são obra de nossas próprias ações anteriores e que estamos tendo a OPORTUNIDADE de corrigirmos o que fizemos, ou, reclamando e espalhando novas sementes?

No dicionário, o verbo “clamar” tem o sinônimo de “chamar”.

Nós chamamos ( CLAMAMOS ) as situações para a nossa vida e, na hora da colheita, vamos RE-CLAMAR, ou seja, vamos chamá-las novamente ?

A atitude que o Mestre Masaharu Taniguchi da Seicho-No-Ie nos ensina a ter nesses momentos é de :

- agradecimento ( pois o que plantamos está finalmente sendo colhido, parando de “espinhar” a nossa vida ).
- auto-perdão ( para não plantarmos novamente algo que não queremos colher ).
- conscientização de que temos Natureza Divina, feitos à imagem e semelhança do Pai, e que esse nosso “Eu Divino”, a nossa Essência Divina, é perfeita, nunca errou, nunca pecou, nunca foi maculada.

Então para que reclamar? Já clamamos uma vez pelo que está nos acontecendo e se não estamos gostando do que estamos obtendo, vamos parar de clamar ou de reclamar por isso.

Não existe castigo divino. A Vida nos dá o que clamamos ( ou o que re-clamamos ).

Vamos somente agradecer, pois o Pai já nos deu tudo de bom na vida.

Muito Obrigado, Deus !